segunda-feira, 17 de outubro de 2011

calendario brasileiro de jogos


Estou cansado de discutir os pontos corridos com um monte de gente de opinião formada e que não está aberto a discutir. Eu achava o máximo, após alguns anos, acho trágico. E acho que meus argumentos são, ao menos, bem fundamentados. Mas, é perda de tempo só criticar.
O difícil é criticar e sugerir a mudança. Então, lá vai.
Vamos partir de princípios lógicos e práticos para mostrar que, se quisesse, a CBF poderia fazer um calendário que valorizaria mais ainda os campeonatos e aumentaria o interesse do torcedor pelo futebol.
Isso, claro, se quisessem…
Olha que coisinha prática:
Existem, hoje, 5 campeonatos em disputa.
Estadual, Copa do Brasil, Brasileirão, Libertadores e Sulamericana.
Obviamente, hoje em dia, a CBF manda na Conmebol se quiser. O futebol na América do Sul está falido, só o Brasil se salva. Portanto, se ela disser que quer a Sulamericana no primeiro semestre, assim será. A Conmebol não tem a menor condição de fazer o torneio sem os brasileiros, vide Copa Conmebol.
A idéia é muito simples, e acho que perfeitamente viável.
Você tem 52 semanas no ano. Portanto, 104 datas para jogos.
Tira 16, para que haja um mes de férias e outro mes inteiro para amistosos e pré-temporada.
Sobram 88 datas para serem distribuidas.
Agora segue a linha, e veja que paraíso seria:
Estaduais:
Começa o ano com os estaduais. TODOS eles tem obrigatoriamente 10 times na série A, 2 grupos de 5, e o formato do Carioca:  Grupo entre ele, semifinal, final. Cruza os grupos, semifinal, final. Os 2 campeões em 2 jogos decidem o torneio.  São 18 datas, só.
Assim, em 4 rodadas, tem decisão. Em mais 5, decisão. Sendo que das comuns, ainda tem os clássicos. Ou seja, o campeonato se torna interessante ao torcedor. E, para que não valha apenas o titulo, usa-se o critério simples:
Todos os times que não estão na série A disputam, neste estadual, uma vaga na Copa do Brasil, que começa em agosto. Até a ultima rodada, mesmo os eliminados pequenos, tem o que disputar.
Libertadores e Sulamericana:
Se os 5 da Libertadores não forem à Sulamericana, que a CBF pode muito bem determinar, ela se torna a série B da Libertadores. Portanto, pode andar junta. E, assim sendo, usa as mesmas datas.
Os dois torneios precisam de 16 datas, no máximo.
Brasileirão
O Brasileiro, com 18 clubes, usaria 34 datas. TODAS aos finais de semana. Assim sendo, determina que o meio de semana é, no primeiro semestre, dos torneios sulamericanos, e no segundo semestre da Copa do Brasil.
O Brasileiro usaria quase todos os finais de semana, deixando apenas 10 livres, permitindo que 60% dos jogos dos estaduais sejam aos finais de semana.
Aí, vem a parte mais interessante.
Copa do Brasil
Com o Brasileirão em andamento há alguns meses, chega-se ao final do primeiro turno. Enquanto isso, aquele monte de time pequeno vai se matando na Copa do Brasil, até chegar aos 16 clubes.
Quando chegar, pega-se os primeiros 16 do Brasileirão atual, ou seja, os 2 ultimos do primeiro turno ficam fora, e eles se cruzam já levando as oitavas.
Daí pra frente, fim de semana pro Brasileiro, meio de semana pra Copa do Brasil, onde diversos pequenos tiveram a chance de chegar, e os 16 primeiros do Brasileiro tiveram que “conquistar” a vaga direta no mesmo ano, causando uma disputazinha a mais no primeiro turno do Brasileirão.
Final das contas:
Assim sendo, senhores, teriamos:
Um Brasileirão só aos domingos, com cada grande jogando 22 jogos de alto interesse (contra grandes) e apenas 12 contra pequenos e médios.
Teriamos uma Copa do Brasil com critérios definidos para classificar, e com todos os grandes, se tornando o grande e único torneio mata-mata do país.
A Sulamericana se torna uma série B da Libertadores, o que já teria seu bom valor dando vaga no ano seguinte ao campeão. Algo que a CBF pode exigir e conseguir sem problemas.
Os estaduais se tornam interessantes e rápidos, dando aos pequenos motivos para joga-los além de apenas caçar uma graninha e tentar vender jogador. Eles brigam por vaga na Copa do Brasil daquele ano, de forma bem clara e estipulada antes.
Sobram ainda, 10 datas.
Estas, se a CBF for espertinha, guarda para datas FIFA e assim não faz com que a seleção dê prejuizo aos clubes.
E ai? Quer cenário melhor?
Dá pra fazer. Basta querer…

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